Carlos
Santos
1904 - 2004
Centenário |
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O
conjunto de espaços temporais a seguir relacionados pode ajudar
a dimensionar o momento de sublimação pessoal e vocacional
de um vulto histórico rio-grandense chamado Carlos da Silva
Santos.
Era 1967. Havia 32 anos, fora empossado como deputado classista na
Casa dos Representantes do Povo do Rio Grande do Sul.
Tinha, então, 31 anos de
idade. Nascera em 1904, apenas 16 anos após a Abolição.
Portanto, filho de libertos; neto de escravos e
alforriados.
Nesse sétimo ano da década
de 1960, com 63 anos de idade, tinha a fortuna de ser eleito presidente
da Assembléia Legislativa, na
mesma Casa que o acolhera no distante 1935. Cabia-lhe, então,
dois tempos históricos: apagar às luzes da antiga Casa
Legislativa, era 19
de setembro de 1967. E, no dia seguinte, data evocativa da Epopéia
Farroupilha, abrir as portas, às novas gerações,
da Casa Legislativa
do Rio Grande do Sul, o imponente Palácio Farroupilha.
Mas esse mesmo ano lhe reservava
materializar o sonho de todo o político gaúcho –
governar seu Estado.
Governava o Rio Grande, o político
e ex-oficial da Brigada Militar, Walter Peracchi de Barcellos. O país
vivia em tempos de duro
regime de exceção. Peracchi teve de viajar para fora
do Estado e transferiu o Governo ao presidente da Assembléia.
Interinamente,
Carlos Santos governou o Rio Grande. E o fez outras vezes, no decorrer
desse 1967.
Vinte e três anos adiante,
em 1990, Alceu Collares seria eleito, em voto direto e universal,
o governador dos rio-grandenses.
Carlos Santos: * 9 de dezembro de 1904
†
8 de maio de 1989 |
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